sexta-feira, 12 de julho de 2013

Segurança Publica no Brasil: Conversa pra Boi dormir

Achei esse texto interessante…  fonte: blog “escola de atenas


Eu não me canso de dizer que dias virão em que, quando a Polícia se cansar do papel de “bode expiatório” do Estado, as coisas vão se revelar espantosamente cristalinas aos olhos da sociedade.
Todos os dias, uma dúzia de pseudo-antropólogos se dividem entre a tarefa de erigirem suas teorias sobre a criminalidade e “teorizar” sobre a arte de se fazer “polícia”.
Vã filosofia!
O último desses policiólogos de verão, é o PROCURADOR FEDERAL AURÉLIO VEIGA RIOS, que, do alto de sua cátedra em Segurança Pública, e analisando a onda de protestos no país, sentenciou:
“Que houve excessos da polícia durante os protestos, é evidente. Há uma lacuna na legislação. Uma lei que regulamente o uso de armas menos letais é algo importante para que possamos coibir abusos A NÍVEL NACIONAL. As regras que temos hoje são manuais de boas práticas existentes a nível estadual, dentro das polícias. É NECESSÁRIO ESTABELECER UMA LEI QUE VINCULE AS SECRETARIAS DE SEGURANÇA DOS ESTADOS E GERE UMA PADRONIZAÇÃO  por parte da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para que possamos evitar abusos”. Eu, da medíocre posição de técnico em Segurança Pública, com quase 10 anos de práxis, ouso (vejam só), concordar com o Digníssimo procurador. E, por isso mesmo, deveríamos COMEÇAR por PADRONIZAR E VINCULAR, TAMBÉM, os salários das polícias A NÍVEL NACIONAL. Porque “pau que dá em Chico, DEVERIA dar em Francisco”.
Mas nesse país MEDÍOCRE chamado Brasil, as autoridades políticas remuneram “jagunços” (único “profissional” que os salários da Polícia em ALGUNS estados poderia contratar), exigindo-lhes, estranhamente, conduta profissional de “Lords” e Antropólogos.

Quer polícia de 1º Mundo? 
Pague por ela!

A Título de exemplo, podemos nos reportar ao programa mentiroso do Estado do Rio, que se baseia na pseudo pacificação de favelas e na instalação veranista de UPPs, uma repaginada de mau gosto do programa “Tolerância Zero” da cidade americana de Nova Iorque.

A Intenção, talvez fosse boa, mas o problema, meu amigo, é que, enquanto os policiais de lá, de Nova Iorque, ganham cerca de U$ 3.497 (dólares) mensais (CERCA DE 7.938,19 REAIS), há policiais brasileiros que ganham cerca de 1 (mísero) Salário mínimo. Moral da história, um policial brasileiro pode ganhar até 10 VEZES MENOS que um policial americano para “subir as favelas” do País, com o gravame de que, aqui, nossa persecução criminal não funciona, nosso aparato logístico é uma piada e o brasileiro, em regra, padece, e muito, de educação de qualidade e respeito às Leis e Instituições.
Nosso policial deveria ler Foucault, recitar Shakespeare e ouvir Mozart, como o fazem a maioria dos policiais estrangeiros, tanto para entenderem os parâmetros cíclicos da missão de “Vigiar e Punir”, quanto para adornarem suas almas e se afastarem dos vícios da violência e da ignorância. Mas num país em que as pessoas mal conseguem lêr, o que esperar das autoridades paupérrimamente constituídas, recrutadas a laço em meio a um sistema fraudulento de leis que mal pode encerrar na prisão pessoas condenadas uma, duas, três vezes?
Obviamente, essas questões não interessam ao ilustrado Procurador, não interessam a ninguêm!
Só no Brasil é que se pode, ao mesmo tempo, se levantar “do nada” e bradar pela unificação das obrigações das Polícias, e, no “mesmo” discurso, dar as costas para aPEC 300 (Proposta de Emenda à Constituição que “unifica” a remuneração das Polícias Militares), que não é aprovada justamente porque não se pode, segundo sugerem esses mesmos procuradores, vincular salários onde vigora o princípio da autonomia estadual remuneratória. Maldita hipocrisia!
Mas essa é a realidade tupiniquim, onde um alienado qualquer, que desconhece a penúria da Polícia Brasileira, pode dizer o que pensa (mesmo estando equivocado) e AINDA ser chamado de ESPECIALISTA, DOUTOR, ANTROPÓLOGO E TÍTULOS DO TIPO!

 Do Soldado PI

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