A Polícia Militar divulgou nesta segunda-feira (7) imagens de uma operação de combate ao tráfico de drogas em duas das regiões mais violentas de Brasília, Distrito Federal. Para não despertar a atenção dos traficantes, a PM utilizou um caminhão de mudanças. As gravações foram feitas com microcâmeras instaladas nos capacetes dos PMs e também dentro do veículo.
A operação, batizada de Troia, teve início em maio deste ano, durou cinco meses e resultou na prisão de 62 homens e na apreensão de três adolescentes, todos suspeitos de tráfico de drogas em Ceilândia e Samambaia. Também foram apreendidas 10 armas, 64 munições de diversos calibres, 57 porções de maconha, 24 de cocaína, 25 frascos de lança-perfume e 368 pedras de crack.
O caminhão utilizado pela polícia era estacionado próximo a pontos de tráfico que haviam sido identificadas pelo serviço de inteligência da corporação. Dentro do caminhão permanecia de prontidão uma equipe do Batalhão de Choque.
Armados com fuzis e metralhadoras, os policiais aguardavam a ordem para saltar de dentro do caminhão. O monitoramento das atividades dos traficantes, durante a operação, era feito com uma câmera de vídeo. O local onde o equipamento foi instalado não foi divulgado pela PM por questões de segurança.
Num dos vídeos divulgados pela PM, é possível ver um homem que está vestido com uma fantasia de palhaço. Ele compra drogas de um menor apontado pela PM como um dos traficantes na QNN 01 de Ceilândia.
O suspeito vestido com a fantasia é visto caminhando por um terreno baldio para comprar a droga que está escondida próximo de um muro, momento em que os policiais do caminhão recebem o sinal de alerta para início da operação, logo depois aparece um homem para comprar drogas e a operação Tróia é deflagrada e 65 suspeitos de envolvimento com drogas são presos, inclusive o adolescente de camisa vermelha que traficava e correu, mas terminou sendo apreendido dentro de uma residência.
Em Samambaia, a PM desativou uma boca de fumo que funcionava em frente a uma escola. Traficantes escondiam as drogas nos tênis. Pelas imagens, é possível ver papelotes sendo escondidos em cima de um muro.
A tenente-coronel Cyntiane Souza, comandante do Batalhão de Choque, disse que todos os suspeitos foram levados para a delegacia. Os maiores poderão responder por tráfico de drogas, já os adolescentes foram levados para a Delegacia da Criança e do Adolescente.
O nome da Operação da PM é uma referência ao cavalo de madeira utilizado por gregos durante a Guerra de Troia. Durante à noite, guerreiros saltavam de dentro do cavalo para atacar os inimigos.
Finalmente, alguns poucos comandantes de Batalhão da PM no Brasil acordaram e começaram a usar de criatividade, simplicidade e inteligência para dar segurança à sociedade, inclusive usando veículos de grande porte e descaracterizados para dar flagrante na criminalidade.
Segundo fontes policiais, este tipo de estratégia não é comum nas polícias militares brasileiras, pois o rígido militarismo limita a visão dos comandantes de Batalhões que se acostumaram a fazer apenas o que é mais fácil, ou seja, o feijão com arroz que é apenas o policiamento ostensivo puro e simples.
Em outros países, a exemplo dos Estados Unidos e Japão, dentre outras estratégias, as polícias que normalmente não são militarizadas, costumam usar furgões ou outros veículos descaracterizados com policiais fardados para se aproximar de criminosos e só então prendê-los, minimizando os riscos e obtendo êxito em sua missão de fazer segurança pública com excelência, o que não ocorre em Garanhuns e que é ratificado pela recente onda de roubos de veículos nos bairros do Magano e Brasília, onde a Polícia Civil e Militar não conversam, não se reúnem para traçar estratégias criativas, inteligentes e eficazes, cada uma fica no seu canto esperando que a outra polícia faça alguma coisa ou que os criminosos se entreguem.
O povo sofre, pois a bandidagem tomou conta de nossa cidade e não temos quem nos proteja, isto é lamentável.
Veja também: 1, 2, 3, 4, 5, 6,
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