quarta-feira, 13 de agosto de 2014

GUARDA MUNICIPAL COM ARMAS GERA POLÊMICA

A Lei 13.022/2014 que permite o porte de arma de fogo para guardas municipais de todo o País, sancionada na última sexta-feira (8), pela presidente Dilma Rousseff, traz uma polêmica que aponta opiniões distintas entre o poder público e representantes da categoria. Cautela e análise são os aspectos utilizados pelas gestões municipais do Recife e Jaboatão dos Guararapes para tratar sobre o assunto, sobretudo no que diz respeito às novas regras que além da prestação da segurança patrimonial, estabelece também o poder de polícia.

Com a aprovação do PL, os profissionais também deverão utilizar uniformes e equipamentos padronizados e atuarão na proteção da população, patrulhamento preventivo e desenvolvimento de ações de prevenção primária à violência. As guardas municipais terão até dois anos para se adaptarem às novas regras. Durante este tempo, caberá ao executivo municipal junto aos profissionais decidirem se a nova lei será adotada em suas respectivas regiões.

“Eu sou a favor de uma guarda municipal armada, desde que, as novas regras e determinações sejam seguidas rigorosamente. O guarda municipal não sai para rua à procura de conflitos, as divergências fazem parte de seu itinerário. Se o profissional foi bem capacitado ele pode agir em qualquer tipo de eventualidade”, declarou o comandante-geral da Guarda Municipal do Recife, Marcílio Domingos, que representa um efetivo atual de 1.131 profissionais.

Já o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, comenta que a injeção de mais armas de fogo na segurança pública é uma forma equivocada de enfrentar a violência urbana. “Mais de 56 mil brasileiros morreram assassinados no País em 2013. Colocando mais armamento nas ruas não irá resolver essa problemática. Iremos analisar o assunto e tomaremos uma decisão amadurecida com base em debates e estudos”, afirmou.

Também procurada pela Folha de Pernambuco para repercutir sobre o tema, a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes informou que vem acompanhando as implicações da legislação, e que fará um debate interno sobre os impactos causados. A gestão municipal garante que se adequará ao previsto em lei, dentro das prerrogativas do município.

FolhaPE

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